22.2.17

Um dia, talvez...Quem sabe?



Sei que nem todas as pessoas que apoiam, defendem, se colocam a favor da patifaria explícita (que vemos na maioria dos componentes deste governo espúrio e suas ações), são preconceituosas, ignorantes, burras, reacionárias e cucarachas. Assim como também vejo que os há entre aqueles que se colocam contra isso tudo, mas que se igualam no momento em que adotam discursos e práticas semelhantes aos que eles criticam com fúria. Como disse Nietzsche: Humano, demasiado humano


No entanto ainda tenho esperança de ver surgir futuramente (sabe lá Deus quando), no Brasil, uma população mais equilibrada, sensata, menos passional e menos manipulável. Um povo mais “esperto” e mais ativo que saiba agir, em lugar de somente reagir; que saiba prevenir, em vez de tentar consertar. Esperança de ver brotar deste solo pessoas capazes de ler e ouvir objetivamente, inteligentemente, as entrelinhas do que lhes é colocado na frente; perceber as mentiras que lhes são impostas, escolher com conhecimento de causa.

Talvez – e somente talvez – nesse dia, possamos falar em cidadania, progresso e paz. O país não será perfeito, a população não será feliz em sua totalidade, nem todos estarão completamente satisfeitos, mas a grande maioria sim. Cada um poderá alcançar o essencial para viver com dignidade e as diferenças poderão ser negociadas.

Sou uma otimista alienada? Quem sabe? Toda utopia só o foi, enquanto o ser humano não a alcançou. Alcançada, deixou de ser. E isso não é mágica, é esforço, é vontade, é compromisso, é inteligência ativa. Depende de todos e de cada um. Não de um!


Texto de Rosa Maria Ferrão. 22/02/2017

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