26.2.17

Beleza




A beleza física impacta e surpreende agradavelmente ao olhar. Não há quem duvide disso.

Muitas mulheres, e homens,  foram, e alguns ainda são, consideradas pessoas belíssimas, mas, como o tempo não perdoa ninguém, tanto as que chegaram à velhice, como as que ainda irão envelhecer, sofrem o mesmo processo de desgaste físico que qualquer mortal, bonito ou feio.

Independentemente de cremes, massagens, malhação e cirurgias plásticas, o corpo retratará, mais dia, menos dia, a idade que realmente tem. Um pouco menos, ou um pouco mais. É inevitável!
Precisamos tratar da nossa saúde, sem dúvida, porém não devemos fazer de algo tão perecível quanto a aparência física o alvo principal de nossos cuidados e interesses! A verdadeira beleza, a duradoura, com possibilidade de crescer sempre é a que cultivamos na alma. É a que brota de um coração cheio de amor e de uma inteligência cultivada.

Esse é o tipo de beleza que precisamos incentivar ao nosso redor, neste mundo narcisista e vazio que prioriza o corpo em detrimento do espírito, criando ilusões pueris, disputas estéreis e frustrações imensas.

Resumindo: o foco de nossa existência não deve ser a beleza física, a aparência, já que são passageiros e, portanto, inúteis como fonte de vida, de felicidade e de saúde.

Caso não perceba isso, um dia o narciso se olhará ao espelho e, vendo o esmaecido reflexo daquilo que foi seu objeto de culto e do qual pouco, ou quase nada restou, se perguntará, amargurado: E agora?


Rosa Maria Ferrão. 26/02/2017

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